Um investimento para a vida.

A psicologia clínica trabalha questões emocionais que dificultam a pessoa conviver de uma forma saudável com os outros e consigo mesmo, como; a depressão, o estresse, a síndrome do pânico, crises de ansiedade bem como dificuldades de adaptação, que dentre outras acabam interferindo na qualidade de vida do indivíduo.

Ela faz parte das ciências que tratam os problemas de origem psíquica, como a psiquiatria, funcionando como suporte em outras áreas como a neurologia, gastroenterologia, cardiologia, endocrinologia, urologia, nutrição e outros.

Sabe-se da crescente queixa de pais frente às questões alimentares de seus filhos, que em muitos casos fazem uso deste comportamento para ter controle ou atenção das pessoas à sua volta.

Muitas vezes, nesse processo, os pais justificam suas dificuldades devido à falta de tempo, elegendo motivos como: a vida sedentária, a escola, a televisão, a internet, os colegas e o “gênio difícil de seus filhos”, ou seja, transferem a outras pessoas, abstendo-se ou assumindo pouca responsabilidade sobre os sintomas.

A busca contínua pelo equilíbrio corpo-mente, em pró de uma vida saudável remete a aparência física como algo imprescindível para se viver melhor consigo e com os outros, refletindo através de suas formas a “vida psíquica de uma pessoa”, obedecendo a regra de que ser magro é ser saudável.

Este corpo, cultuado e modificado cada vez mais refletindo os apelos sociais de aparência e saúde, torna-se alvo das angústias e compulsões.

Nem sempre é fácil fazer valer a força do pensamento sobre as emoções como o controle sobre a fome ou a ansiedade, que muitas vezes acabam gerando uma tensão psíquica, aparecendo alterações de humor como a irritabilidade, perda ou controle do apetite, insônia, tristeza, ou um “vazio” que parece crescer dentro de si, que em alguns casos a comida funciona como um mecanismo na tentativa de controlar estas sensações ou sentimentos angustiantes.

A busca de um controle bastante rígido como o uso contínuo de medicamentos para emagrecer, realização de dietas ou regimes constantes, podem aparecer quadros psicopatológicos de anorexia e bulimia, bem como o ataque descontrolado e a incapacidade de controlar o ato de comer pode levar à quadros de sobrepeso ou de obesidade mórbida.

A psicoterapia auxilia na compreensão das fontes geradoras das angustias, ela que muitas vezes elevam os níveis de ansiedade, interferindo assim de forma ativa no dia-a-dia de uma pessoa em atividades simples, como ir á um restaurante ou supermercado e não ter a mente invadida por pensamentos incontroláveis sobre a quantidade de calorias de cada alimento, levando a realização de contas metabólicas incessantes que ocupam a mente o dia todo, tornando a pessoa mais infeliz, culminando em quadros de depressão.

Por estas razões , o acompanhamento psicoterápico torna-se imprescindível no acompanhamentotno de pessoas no pré e pós cirugicos.