Um investimento para a vida.

Por que Orientação Profissional?

Desde muito cedo, já ouvimos a célebre pergunta: “— Você já sabe o que vai ser quando crescer?”. E, desde a infância, aprendemos que é necessário escolher uma profissão para nos dedicar, preferencialmente pelo resto da vida. Enquanto crianças, as respostas sobre a futura profissão variam semanalmente – astronauta, artista circense, engenheiro, ator, médico ou outras tantas possíveis.

Embora seja muito comum pensar desde cedo na profissão, quando enfim crescemos e chega a hora em que se deve escolher, dentre as inúmeras opções disponíveis, a carreira que queremos abraçar e nos dedicar com motivação, entusiasmo e até paixão, considerando ainda que é preciso ser uma profissão interessante financeiramente (algo que “dê futuro”, como os adultos gostam de falar).

O momento dessa escolha costuma acontecer entre os 15 e 18 anos, idade em que o adolescente passa por grandes alterações físicas, hormonais e emocionais. É a idade da “entrada” para a vida adulta, embora haja pouca maturidade para dar conta dessa nova demanda. Assim, tanto o mais maduro, quanto o mais imaturo, costumam sentir-se pressionados a escolher a profissão nesse momento da vida.

É importante pensar que os eixos para a escolha profissional passam por:

  1. Nível de autoconhecimento (suas características de personalidade);
  2. Aptidão e habilidade para aprender e desenvolver novos conhecimentos;
  3. Qualificação intelectual para exercício de uma atividade profissional;
  4. Qualidade de vida – inclui: autonomia financeira, lazer, empregabilidade, reconhecimento, autovalorização e satisfação pessoal no que faz.

Assim, sabemos que grande parte dos adolescentes que está prestes a escolher a profissão que deve determinar seu futuro, ainda não adquiriu maturidade suficiente para conhecer os quatro eixos citados acima. Dessa forma, a Orientação Profissional visa auxiliá-lo a refletir e ampliar suas informações sobre os conhecimentos necessários para uma escolha profissional mais acertada.

O processo de Orientação Profissional (OP) compreende uma série de atividades (que são escolhidas dependendo da demanda), tais como dinâmicas de grupo, questionários, tarefas, testes de personalidade, de interesses e de habilidades, que visam proporcionar ao jovem uma ampliação de seus conhecimentos sobre suas características individuais. De posse dessas informações adicionais sobre si mesmo, o processo de OP também fornece orientações simples e eficazes sobre como buscar profissões “alinhadas” com o perfil individual desse adolescente.

Durante o processo, o uso de testes psicológicos é uma ferramenta de grande importância, pois esses são instrumentos científicos, realmente capazes de avaliar características pessoais (de personalidade, habilidades e interesses) que auxiliam na composição do perfil do orientando. Salienta-se que tais testes devem passar por um processo de aprovação pelo CFP (Conselho Federal de Psicologia) e somente podem ser aplicados e avaliados por psicólogos.

Ainda assim, engana-se quem pensa que o Orientador Profissional vai “tirar da cartola” a escolha profissional correta. É importante enfatizar que, faz parte da aquisição da maturidade necessária a uma escolha profissional adequada, a busca do jovem por informações adicionais sobre a carreira.

A OP auxilia na construção do caminho, mas “a caminhada” cabe ao orientando. Para que a identidade profissional comece a se formar, é necessário empenho e o enfrentamento da realidade da forma mais franca possível, pois essa identidade transforma o mundo, desde que haja motivação para que aconteçam mudanças naquilo que se deseja e executa.

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